Review: Apollo Justice: Ace Attorney

Apollo Justice é o tão esperado quarto jogo da série Ace Attorney (Phoenix Wright) lançado em 19 de fevereiro nos EUA.

O jogo se passa cerca de 7 anos após Trials & Tribulations. Agora temos um novo protagonista: Apollo Justice, um novato que trabalha no escritório de Kristoph Gavin. No seu primeiro caso, ele defende alguém já conhecido que é acusado de assassinato, e acaba se metendo numa história muito maior do que imaginava… Ao seu lado ele tem a ajuda de Trucy, uma mágica que é filha de…

Bem, tem muitas coisas sobre esse jogo que podem ser consideradas spoilers por alguns, mas não tem nada de mais para outros. Vou ficar sem dizer, e sugiro que você não vá atrás de nenhuma informação antes de jogar =)

Não vou falar do básico da mecânica do jogo – sugiro que você leia o meu review dos três primeiros jogos. De diferente, temos de volta os recursos especiais do DS utilizados no quinto caso do primeiro jogo, tornando as coisas mais interessantes – você poderá tirar digitais, examinar pegadas, fazer raios-x de documentos…

As Psyche-locks dos últimos jogos não existem mais e dão lugar ao “Perceive System” que permite ao Apollo descobrir quando as testemunhas estão mentindo observando seus movimentos inconscientes. Isso acabou deixando o jogo um pouco mais rápido. A dificuldade, na minha opinião, diminuiu um pouco; aí vai do gosto da pessoa – muitas vezes você ficava frustrado por não ter menor idéia do que fazer, e isso foi reduzido bastante.

Quanto aos gráficos, é o mesmo esquema de sempre. Todo o menu, etc, continua exatamente como antes – eu até acho que poderiam dar uma atualizada nisso, mas não tem problema =) A grande diferença é que temos uma maior utilização dos gráficos 3D – a maioria das evidências pode ser examinada desta forma, como no caso 1-5. E para completar, agora tem-se alguns vídeos fazendo parte dos casos e da história.

Na música temos um novo compositor: Toshihiko Horiyama, responsável por MegaMan X, X3 e X4. De fato, muitas músicas têm cara de “música de Megaman” XD. Eu acho legal eles mudarem de compositor a cada jogo, cada um dá o seu toque para as músicas (que geralmente têm o “mesmo clima”). E ele fez um ótimo trabalho – não tem uma música que se possa dizer que é “mais ou menos”.

O segundo vídeo é igual ao primeiro, mas em japonês e com vozes. (Cuidado: spoilers do tipo “todo mundo sabe antes de jogar mas não veja se quiser ficar totalmente no escuro” no vídeo)

Quanto a história: como no terceiro jogo, temos uma história por trás de alguns casos que só é resolvida no último. O primeiro caso sem dúvida é o melhor dos “primeiros casos”. O último é muito bom e muito surpreendente – e GIGANTE, o que compensa o fato de só se ter 4 casos no jogo.

Os personagens, como sempre, dão o carisma ao jogo. O Apollo pode parecer um clone do Phoenix mas eles têm personalidades diferentes – o Apollo é um pouco mais esquentado e menos bobo, mas tão sarcástico quanto. Claro que eu gosto mais do Phoenix, mas o Apollo é um ótimo protagonista. A Trucy, ocupando o papel da Maya, é um pouco mais figurante por não ter os poderes que a Maya tinha – mas ela é um sarro mesmo assim.

O novo promotor é o Klavier – que também é um astro de rock. E toca air guitar… em pleno julgamento. Não preciso mais estabelecer que ele destrói. Há um novo detetive mas… é meio spoiler. Provavelmente você já sabe quem é, mas prefiro não entregar – mas posso dizer que é uma das personagens que eu mais gostei =)

Enfim. Em Apollo Justice: Ace Attorney temos mais da mesma fórmula genial de Phoenix Wright, mas com várias mudanças – que alguns não gostaram, mas não se pode continuar com o mesmo jogo para sempre. A única coisa ruim do jogo vai ser a sua tristeza quando acabá-lo: o próximo jogo ainda não foi nem anunciado oficialmente – no mínimo, um longo ano de espera pelo próximo.

Links:

• Demonstração do jogo em Flash
• Screenshots (micro spoiler no segundo conjunto)