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Review: Shigatsu wa Kimi no Uso

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Kousei Arima, criança prodígio no piano que abandonou a carreira por não conseguir mais tocar após um evento traumático. Um belo dia é forçado a acompanhar sua amiga de infância num encontro para apresentar dois colegas, Watari e Kaori Miyazono, que para sua surpresa é uma violinista e que vai mudar sua vida.

Só pelo resumo dá para identificar trocentos clichês, de quarteto amoroso a manic pixie dream girl. Pelo menos não se passa no colegial… porque se passa no último ano do fundamental. Oh boy.

Ainda assim, por ser noitaminA e por aparentar ter uma animação linda, acabei assistindo. 

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Review: Kuragehime

Logo de Kuragehime

A protagonista de Kuragehime é Tsukimi, uma garota otaku (no sentido original de ser alguém obeceado por algum assunto) que idolatra… águas vivas. Ela vive em uma casa com um grupo de otakus desempregadas que vive dentro de casa sem trabalhar e sendo sustentadas pelos pais. Tudo muda quando Tsukimi encontra com Kuranosuke, filho de um político e que gosta de ser vestir de mulher (!?) que, ao descobrir que a casa antiga em que elas vivem está para ser demolida para reurbanização, toma  partido e resolve convencê-las a lutar por alguma coisa.

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Review: Dennou Coil

Dennou Coil é um anime voltado para o público mais jovem, porém contém alguns elementos interessantes de ficção científica e dramáticos. A história se passa no futuro onde as pessoas utilizam óculos de realidade aumentada que permitem a junção do mundo real com o virtual, e o anime explora essa premissa para mostrar o impacto dessa tecnologia no dia a dia das pessoas. A série acompanha Yuko, de 11 anos (apelidada de Yasako, uma leitura alternativa do seu nome que significa “criança gentil”), logo após se mudar de cidade e conhecer colegas como Fumie e Daichi, dois viciados em “óculos” que vivem brigando virtualmente. A trama se aprofunda com o aparecimento de outra Yuko (apelidada de Isako, “criança corajosa”) que pesquisa o lado obscuro da realidade virtual e os “ilegais”, uma espécie de vírus; e com Haraken, um colega de Fumie que pesquisa a morte de uma amiga em um atropelamento que foi suspostamente causada pelos óculos que usava.

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Review: Planetes

Hachimaki no espaço

A Terra está cercada de lixo espacial, o que pode se tornar um sério problema no futuro. Planetes se passa nesse futuro, onde a exploração espacial está bem mais avançada e, após um acidente causado por lixo espacial, precauções começaram a ser tomadas — em particular, o uso de equipes de lixeiros espaciais cujo trabalho é justamente coletar esse lixo. Este anime conta a história de uma destas equipes.

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Review: Onani Master Kurosawa

Takigawa e Kurosawa conversando numa mesa de biblioteca

Acontece com algumas pessoas, por algum motivo que eu não sei. De alguma forma elas não conseguem se socializar do modo normal. Na melhor das hipóteses, elas ignoram os outros, senão, julgam-nos como uma bando de falsos e imbecis. A grande questão que surge é se e como elas podem sair dessa situação. E um exemplo de pessoa assim é o protagonista de Onani Master Kurosawa.

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Review: Yokohama Kaidashi Kikou

Alpha tocando ao pôr do sol

Yokohama Kaidashi Kikou (algo como “Memórias de compras em Yokohama” numa tradução tosca), de Hitoshi Ashinano, é um mangá único. Ele consiste em 14 volumes publicados ao decorrer de 12 anos (!). É difícil explicar sobre o que ele é, mas vou tentar…

O mangá conta episódios da vida de Alpha, uma robô que possui um pequeno café junto a sua casa. O mais curioso, porém, é onde a história se passa: num mundo “pós-apocalíptico“. Geralmente quando se pensa em algo do tipo, logo vem à mente cenários futuristas decadentes, mas esse não é o caso. O mangá nunca revela exatamente o que houve com a Terra, mas algumas (poucas) pistas são dadas aqui e ali. O nível dos oceanos subiu e continua a subir, o clima ficou mais quente, o monte Fuji entrou em erupção e ficou sem um pedaço do seu topo. Os humanos não vivem mais na correria atual, passando a viver vidas simples em cenários bem mais rurais. Cidades grandes, como Yokohama (onde Alpha vai comprar grãos de café, e de onde saiu o título do mangá), mudaram radicalmente e as partes que não foram inundadas sobrevivem ao meio de muito mais vegetação. Para citar Alpha:

A grande cidade de Yokohama de ontem parece um sonho. Agora ela é uma cidade de pessoas, onde o tempo passa camalmente. O mundo mudou muito nestes anos. Essa calma e quieta tranquilidade é o crepúsculo de um era. Provavelmente irei assistir a sua passagem. Eu tenho todo o tempo do mundo.

Alpha relfetindo em Yokohama

Vale ressaltar que o clima não é portanto, de decadência e destruição, mas de paz e tranquilidade perante um fim talvez certo.

Os capítulos contam histórias diversas, mas não são nenhuma trama complexa ou algo do gênero. São apenas “fatias” da vida de Alpha (no bom estilo histórias “slice-of-life“) cuidando do seu café, conversando com as pessoas que moram próximas, passeando para tirar fotos com uma máquina especial que ganha do seu “dono” (que nunca aparece na história), assistindo um espetáculo de fogos de artifício…

O grande destaque, claro, é a ambientação criada por Ashinano. Os desenhos das paisagens são belíssimos, de encher os olhos, e inesquecíveis.


Existem ainda elementos de ficção científica. Um gigantesco avião que voa indefinidamente a uma enorme altitude e ninguém sabe do que se trata; uma estranha planta que emite luz como se fosse um poste, os mistérios de porque o mundo está do jeito que está… mas não espere por explicações, fica tudo por conta da imaginação do leitor.

YKK também faz um parar um pouco para pensar em por que as coisas são do jeito que são, se realmente precisamos de todas as nossas “modernidades”, se as nossas vidas não podiam ser muito mais simples. Neste aspecto ele lembra Arjuna (eu falo tanto dele que vou acabar refazendo o review do blog antigo), apesar de serem totalmente diferentes.

Um dica meio boba, mas: se for ler YKK, recomendo que o faça escutando alguma música calma de sua preferência. Eu recomendo Lúnasa, um banda de música irlandesa tradicional. A música ajuda muito na imersão no mundo de YKK e torna sua leitura ainda mais inesquecível.

Capa do volume 1. Alpha numa colina próxima ao mar.

É, acho que dá para perceber o quanto eu gosto desse mangá. Posso dizer que é meu mangá favorito. Vale lembrar, embora agora seja óbvio, que YKK não tem ação alguma, e como disse o Ron (que foi quem me recomendou o mangá), faz Mushishi parecer Akira. Por isso, nem todo mundo irá gostar.

Foram feitos dois OVA’s com dois episódios cada. Eles são bons, animação (a trilha sonora é composta de chorinho japonês), porém o mangá naturalmente continua sendo melhor. Mas vale a pena dar uma olhada.

Alguns grupos brasileiros traduziram um pedaço da série, mas não consegui acessar seus sites, teria que dar uma fuçada. Em inglês ele foi inteiramente traduzido mas o site que hospedava não está mais no ar. Você pode apelar para torrents ou para links diretos disponibilizados pelo Ron.

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Review: Mushishi

Ginko e Mushis

Eu comecei a assistir Mushishi há quase um ano atrás. Vi alguns episódios, depois de alguns meses mais alguns, e depois mais alguns… finalmente terminei os 26 episódios há alguns dias (coincidentemente ou não, a série estreou duas semanas atrás no Animax).

O motivo de eu demorar tanto não era porque Mushishi é ruim. Mushishi é bom demais. Só que ele tem um estilo que não te deixa desesperado para assistir o próximo episódio. Na verdade, cada episódio é uma história separada, somente alguns estão relacionados.

O anime se passa num Japão medieval alternativo, que não possui nada de muito diferente ao original, a não ser por um detalhe importante: a existência de seres sobrenaturais chamados de mushi. Eles são uma forma primitiva de vida, lembrando mais plantas do que animais, e são invisíveis para a maioria. Cada espécie de mushi tem suas características e impactos no ambiente e nas pessoas.

O personagem principal é Ginko, um mushi-shi, alguém que estuda mushis. Ele viaja por todo o Japão para ajudar pessoas que foram afetadas por mushis. Cada episódio segue basicamente o mesmo esquema, e pode até lembrar séries como Arquivo X. Algum mistério ocorre, Ginko aparece e investiga para descobrir qual Mushi está o causando e tenta achar uma solução.

Apesar dessa “mesmice”, os episódios não deixam de ser interessantes, justamente pela variedade de mushis que são abordadas. Para exemplificar, no primeiro episódio, Ginko investiga um garoto cujos desenhos tomam vida; no segundo, ele ajuda uma menina que mora presa num porão por não suportar exposição à luz. Tudo causado por mushis, claro. Mas eles não são vilões, no mesmo sentido que animais, plantas, fungos e bactérias que prejudicam o homem não o fazem por “mal”, mas por simplesmente serem desta forma.

Ginko

No começo, eu tentava achar uma “moral” em cada história, procurando simbolismos e coisas do tipo, como em Haibane Renmei, por exemplo. Mas Mushishi não é um anime deste tipo; ele simplesmente a história da vida de Ginko e das pessoas afetadas pelos mushi. O que não faz o anime ser menos interessante, porque seu principal ponto é mostrar os conflitos, perdas, alegrias e conquistas dos seres humanos, apenas usando mushis como gatilho para tais eventos.

A ambientação do anime é perfeita e é parte importante do motivo de Mushishi ser o anime que é. A animação é excelente. Os personagens secundários podem até parecer “sem graça” e parecidos para alguns, mas Mushishi é um anime “realista”, ninguém tem cabelo verde ou azul — o que não é defeito algum. A exceção é o próprio Ginko, que bizarramente usa roupas modernas — um resquício do fato da série originalmente se passar no tempo atual, segundo o autor. A música é igualmente excelente, variando de temas tranqüilos e contemplativos que são belíssimos, até temas sinistros que dão frio na espinha. E é claro, o Ginko é um grande personagem; não tem como assistir o anime e não simpatizar com ele.

Mushishi é uma pérola entre os animes, e recomendo fortemente. Naturalmente, quem só gosta de animes cheio de ação vai achar um pé no saco. Mesmo se você acha que “está preparado” para ver Mushishi, pode ser surpreender. Ele é extremamente “parado” e contemplativo, o que pode ser um defeito para alguns.

São 26 episódios, baseados nos 5 primeiros volumes do mangá de 10 volumes que foi publicado durante 9 anos, encerrando este ano. Infelizmente existem poucos scanlations do mangá pela net, nenhum dos volumes não cobertos pelo mangá. Taí uma série que compraria com certeza se fosse lançada por aqui… Também existe um filme em live action dirigido pelo Katsuhiro Otomo (de Akira) que vou ver se assisto também.

Mushishi está passando na Animax terças, às 22:30 (não se preocupe em ter perdido alguns episódios; como eu disse, eles são independentes). O OMDA subou em português, mas não sei onde baixar, tem que dar uma fuçada. Em inglês existem vários subs, é só fuçar em sites do torrents.

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Review: Air TV

Yukito e Misuzu em frente ao mar

The 1000th summer ——

Estou para escrever esse review desde novembro do ano passado. Procrastinação FTW!

Eu baixei Air pela sugestão do L (que por sinal nunca mais comentou aqui). É produzido pela Kyoto Animation (de Haruhi) e foi exibido em 2005.

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Kino no Tabi – the Beautiful World

Kino tomando café

— Você já sentiu inveja dos pássaros?
— Tudo e todos têm um lugar certo na vida, Kino. Nem motos nem pessoas foram feitas para voar.
— Quando alguém vê um pássaro voando nos céus, dizem que sente-se vontade de sair numa viagem…
— Quem disse isso?
— …esqueci.

As histórias de um viajante nos diversos país que ele visita. Essa seria a história simplificada de Kino no Tabi – the Beautiful World (Kino’s Journey, As Viagens de Kino; ranking ANN #16). Só que o viajante é uma garota, que sempre anda armada, sabe atirar muito bem e não hesita matar em defesa própria; e os países que ela visita nem sempre são agradáveis.

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Seraphim Call

Protagonistas de Seraphim Call

O motivo para eu ver este anime foi bem esdrúxulo: